Bom dia Meninas,
Este ano a Sandra Annenberg desejou a todos nós mais elegância neste ano de 2012. algumas pessoas chegaram a críticar, mas, a verdade é que a Sandra foi fantástica em sua observação.
A tecnologia trás para nossas vidas muito mais praticidade,
disso, não há menor dúvida. Os blogs viraram verdadeiras revistas eletrônicas,
onde as pessoas ( digo qualquer pessoa), pode abrir uma página, gratuitamente,
com a finalidade que desejar. Dá voz a quem quer falar. Como alguns definem: é
a democracia da informação.
Democracia nunca pode ser vista como problema, é sempre
uma solução muito bem vinda. Os problemas são sempre as pessoas, e como elas lidam
com certas liberdades. Não há nada mais sublime que a liberdade, mas, se todos
somos livres de atitudes e pensamentos, não podemos jamais nos esquecer da
liberdade dos demais.
Toda essa introdução para falar de um blog bem polêmico: “shame
on you blogueira”. A ideia do blog é bem interessante, bem como alguns de seus
textos. Imaginei tratar-se de uma pessoa com visão crítica, baseada na
realidade em massa, popular, o que acredito ser louvável. Porém, me dei conta
que o blog citado, preocupou-se mais com ofensas que a ideologia. Não acredito na
mídia que usa a imagem das pessoas com fins depreciativos, por mera satisfação
sórdida de ofender e denegrir.
No ápice dos meus trinta e poucos anos, vejo em um desses
blogs de moda, um em particular, uma menina de beleza e elegância adorável,
acrescentado de um bom gosto, com boa condição
financeira, que lhe proporciona um closet invejável. Divulga marcas caras, bem
acima das possibilidades da maioria da população. Até ai, que mal há nisso? Seu blog
tornou-se bem lucrativo, mais um motivo de admiração, saber enxergar as boas oportunidades
até onde acredito é sinônimo de inteligência.
O mercado da moda é tão abrangente e lucrativo, são
modelos, agências, grifes, mídia, tantos profissionais que lucram com ela. Porque
não as blogueiras? Se é errado alguém faturar tanto com a moda, talvez devêssemos
rever todos os nossos conceitos, talvez seja igualmente errado o faturamento
dos clubes esportistas, os salários dos atletas, os preços altíssimos das obras
de arte, os preços dos ingressos de um show. Quem paga uma bolsa Hérme é o mesmo que paga alguns milhões em uma obra de arde, pensando assim, a bolsa é mais acessivel. Errado? o que é errado? em todas as religiões que conheço, inveja também é errado.
Temos o que merecemos, nossos políticos são o nosso reflexo
no espelho, dói, mas, nós escolhemos. Se os ingressos são caros é porque
pagamos, se os preços são altos é pela importância que damos a cada coisa. Se o
blog fatura é porque o seu acesso faz dele lucrativo. Já se perguntaram quantas vezes cortaram fila? Deixaram para ultima hora? Quiseram dar aquele jeitinho? Declararam equivocadamente o IR?
É culpa do capitalismo? Sejamos donos de nós mesmos, se
há mídia, haja convicção. Objetos de desejo precisam ser desejados, e muitas
vezes nossos desejos são sonhos que nos motivam a crescer. Sonhe, mas tenha discernimento
das suas reais necessidades, não se deixe influenciar por tudo, assim não terá
motivos para temer a propaganda. Cuide de seus filhos, leve-o ao parque, ao
cinema, a livraria, ao teatro, leia um livro, conte uma estória, brinque,
dance, participe, eduque. Se não se acomodar pela facilidade de deixá-lo na
frente da televisão, o dia todo, não terá motivo para temer seus desejos. Seja a
influência de seu filho.
A imagem é à base da pirâmide, ou se preferir como dizia
meu professor de trigonometria, “os catetos da hipotenusa”. Sem a imagem não há
identidade, sem identidade não há direitos, não há liberdade. Há formas e
formas de dizer o que pensa, defender um posicionamento, acrescentar uma opinião,
se não há diversidade de opiniões não há evolução. Mas, lembre-se de ser
educado, respeitoso, decente.
Leve minha
carteira, meu carro e até o meu direito de ir e vir, mas não toquem no meu
direito de pensar, meu pensamento é a imagem do que sou, do que me tornei. A
minha imagem é o que penso de mim.
É equivocado pensar
que pelo fato de uma pessoa ser pública, ela perde seu direito a imagem, sua privacidade
e a de sua família. Aí entra a tão esperada elegância, não só para 2012. O belo
é o elegante, e “me desculpem os deselegantes, beleza é fundamental”.
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